Homenageamos o trabalhador rural com este lindo poema de Marcio Souza:

Sou um caboclo da roça,

Sou um pacato roceiro,

Vivo na minha palhoça,

Trabalho o dia inteiro.

Por mais cansaço que eu tenha,

De sol a sol eu trabalho,

E cada dia que venha,

Com o primeiro cantar do galo.

De manhã tem café quente,

Do velho fogão de lenha,

Para que o peito eu esquente,

Pra começar a ordenha.

Jogo milho no quintal,

E ração lá no chiqueiro,

E recolho no curral,

O meu gadinho leiteiro.

Aqui o tempo é sagrado,

Não dá moleza a quem possa,

Quando não está cuidando do gado,

Está cuidando da roça.

Não tenho hora marcada,

É uma só correria,

Pra realizar a jornada,

Em tempo, no fim do dia.

Eu me orgulho do que faço,

Com muita satisfação,

Não sinto qualquer cansaço,

Dessa minha profissão.

Sou matuto, sou roceiro,

Caboclo sem muito estudo,

Nesse sertão, vivo e cuido,

Desse meu chão Brasileiro.

Aqui é muito legal,

Aqui, respiro felicidade,

Não troco a vida Rural,

Pelo conforto da cidade.

Tudo aqui é beleza,

Tem canto da passarada,

Encantos da natureza,

Aqui é a minha morada.

Agradeço a Deus por isso tudo,

É nesse rincão, meu pedacinho de mundo,

Que eu quero permanecer,

No meu cantinho e meu chão,

Pois é nesse meu doce sertão,

Que nasci e quero morrer.

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